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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mais um Pouco da História da Música - Música Renascentista parte 2

Seguindo a sequência, vamos dar continuidade a Música Renascentista. A música sacra desse período teve as seguintes características:

  • Liberdade melódica e rítmica e ao mesmo tempo, beleza e textura melodiosa como um todo;
  • Atmosfera tranquila que prevalece na música renascentista constitui um grande veículo de adoração;
  • Há uma maior variedade de vozes na polifonia vocal sacra;
  • A polifonia e a harmonia são muito usados na mesma composição;
  • Tríades começam a ser usadas nas composições e os acordes de sétima são utilizados até o século XVII;
  • Uso de cromatismos encontrados no fim do século XVI, pela Escola Romana com Orlando de Lasso;
  • Efeitos arcaicos como paralelismo, quintas diretas etc, desaparecem com o tempo;
  • A música religiosa é composta "a capella", ou seja, sem acompanhamento instrumental, pois a música popular é que detém essa característica;
Nesta época as formas composicionais sacras, continuam sendo mantidas, como por exemplo o Moteto e a Missa. Havia uma composição chamada de laudi spirituali, que era conhecida como música religiosa de louvor e era composta fora da Igreja e composta na Itália, estilo harmônico e rítmico simples e lembrava a música popular. A língua da composição era Italiana e não em latim.

ESCOLAS INFLUENCIADORAS   

FLAMENCA: Influência de todos os compositores da Europa Ocidental. Orlando de Lassus e Palestrina são os maiores representantes.
ROMANA: Contribuiu de forma significativa para a evolução da música sacra renascentista. O estilo "a capella" prevalece com Giovanni Palestrina como principal representante e seu nome é sinal de perfeição da polifonia vocal sacra.
ESPANHOLA: O estilo é parecido com o da Romana mas com uma certa dureza expressiva, lembrando as telas de El Greco. Os principais representantes são Cristobal Morales e Tomas Ludovico de Victoria.
VENEZIANA: O mais importante estilo de polifonia sacra no século XVI foi desenvolvido nesta escola. Os compositores compunham obras para 02 (dois) ou mais coros completos com efeitos antifônicos, colocando-os em vários pontos da igreja e outra característica é a magnificência, por causa dos efeitos corais, nas ricas texturas e na harmonia arrojada. Os compositores mais importantes dessa época foram Andrea Gabrieli e seu sobrinho Giovanni Gabrieli.
INGLESA: Apesar dos conflitos religiosos e do surgimento da Igreja Anglicana, a Inglaterra teve uma grande produção de música litúrgica católica no século XVI, com muitas missas e motetos compostos por ingleses. O anglicanismo, manteve a maioria das práticas católicas romanas e cantavam os motetos em Inglês, que eram chamados de "cathedral anthems" ou hinos de catedral. No fim do século XVI foram criados os "verse anthems" ou hinos estróficos com solistas, instrumentos e coro. Os principais são Orlando Gibbons e William Byrd.
ALEMÃ: O catolicismo não prosperou na Alemanha, por causa da Reforma Protestante. Por conta disso, não há uma escola alemã de polifonia sacra porém, o maior representante deste período na Alemanha é Jacobus Gallus.

LISTA DOS COMPOSITORES RENASCENTISTAS

Lista dos compositores Renascentistas 

Obras destes autores

Escola Flamenca

Orlando di Lassus

Giovanni Pierluigi da Palestrina


Escola Romana

Giovanni Pierluigi da Palestrina


Escola Espanhola

Cristobal Morales


Tomas Ludovico de Victoria

Escola Veneziana

Andrea Gabrieli


Giovanni Gabrieli


Escola Inglesa

Orlando Gibbons


William Byrd

Escola Alemã


Com este tópico aqui finda a música renascentista. Em breve veremos a música barroca.

Abraços,

Fábio lopes dos Santos

Fontes: D'AMORE, Osvaldo. Apostila de História da Música. UFRN, Natal/RN
            http://imslp.org/wiki/P%C3%A1gina_inicial

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Um Pouco de História da Música - A Música Renascentista


O Renascimento ou Renascença foi um período que compreendeu entre os Séculos XIV e XVI, porém ainda não há um consenso entre os historiadores sobre a cronologia deste período. Foi o período que findou a Idade Média e este trouxe transformações no pensamento e nos costumes da sociedade européia da época. 

Neste Período os artistas e cientistas que mais se destacaram foram Leonardo Da Vinci e Michelangelo na pintura e escultura, Nicolau Maquiavel, François Rabelais, Michel Montaigne, William Shakespeare, Francis Bacon, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei. Martinho Lutero foi o nome mais importante no campo religioso, pois foi ele que deflagrou a REFORMA PROTESTANTE.

A música renascentista tem como marco o desenvolvimento da filosofia humanista italiano que revelou e divulgou a estética das antigas Grécia e Roma e assim contribuindo conceitualmente, para uma revalidação acelerada assim como também influenciou e sugestionou, a teoria, composição e interpretação musical.

CARACTERÍSTICAS DA MÚSICA RENASCENTISTA

A polifonia vocal tem um grande desenvolvimento atingindo um alto grau de perfeição harmônica e melódica. A música secular neste período ganha uma grande importância na sociedade enquanto a música religiosa ganha subsídios da igreja em face de que a música profana/secular é patrocinada pela nobreza (mecenato), surge um novo estilo instrumental independente, a música que é modal é substituída aos poucos da música sacar e da popular pelo sistema tonal que ganha força no fim do período, a liderança desse período, na música, é Italiana seguida da Inglaterra e da França. 

Meus amigos esta é uma parte do que veremos a seguir nas outras publicações, sobre a música Renascentista. Espero ter ajudado.

Abraços, Fábio Lopes dos Santos

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_renascentista
              D'AMORE, Osvaldo. Apostila de História da Música. UFRN, Natal-RN

sábado, 18 de janeiro de 2014

Iniciação à Teoria Musical - Partitura parte 2



Hoje teremos a outra parte da teoria musical com relação à partitura. Veremos hoje sobre as tonalidades e consequentemente as escalas que dão origem à estas tonalidades. A tonalidade é a hierarquização das notas onde há uma organização e prepoderância de umas notas sobre outras. Estas notas também poderemos chamá-las de GRAUS da escala ou tonalidade.

Antes de começarmos as tonalidades, teremos que saber de alguns sinais que facilitarão o nosso entendimento sobre elas:


  • Sustenido: Aumenta meio-tom ou semitom. 
  • Bemol: Diminui meio-tom ou semitom.
  • Dobrado Sustenido: Aumenta em um tom a nota na qual este sinal foi adicionado.
  • Dobrado Bemol: Diminui em um tom a nota na qual este sinal foi adicionado.
  • Bequadro: Este sinal anula o efeito de todos os sinais relacionados acima.




Partindo deste princípio, poderemos agora falar das tonalidades musicais. Para isso precisamos ver as armaduras de clave. Estes sinais quando são postos no início da partitura, são conhecidos como acidentes físicos, e os que ocorrem durante a música que não estão na armadura de clave são os acidentes ocorrentes. Estas armaduras são de grande importância pois sem elas não é possível distiguir o tom da música que você quer tocar/cantar.

  • Armaduras de Clave: É como são chamados os acidentes físicos que determinam a tonalidade da música.
  • Tonalidade: É o grupo de notas que, com base nas armaduras de claves, poderão ser utilizadas na música.
Lembrando que a ARMADURA DE CLAVE é posta AO LADO da clave, seja qual for, mas em alguns casos, pode ser escrita em especialmente, após um compasso iniciado por barra dupla. Para isso precisamos ver dois métodos que facilitaram o aprendizado das armaduras: O Ciclo das 5ª (quintas) e O Ciclo das 4ª (quartas).

Ciclo das Quintas:  São os intervalos que entre si ocorre um espaço de 05 (cinco) notas, contando com a primeira que é o ponto de partida, e a ultima que é o ponto de chegada. Partindo da nota teremos as seguintes tonalidades: 

A figura acima mostra o Ciclo das quintas
Ciclo das Quartas: São os intervalos que entre si ocorrem uma distancia de 04 (Quatro) notas, contando com a primeira nota e a ultima. 


A seta vermelha indica o Ciclo das quartas que começa a partir da nota DÓ


A partir disto podemos notar que existe notas com tonalidades MAIORES e MENORES. A principal diferença entre elas é a alteração em alguns graus da escala sendo que o principal é a terça, pois este grau caracteriza a natureza da escala e da tonalidade. Os acordes são montados a partir das escalas e por isso sentem a mesma influência das escalas. As escalas tem um comportamento interessante que é a RELATIVIDADE entre as escalas maiores e menores. A relatividade está relacionada com a afinidade entre uma escala maior e uma menor e vice-versa, ou seja, uma escala maior tem uma escala menor correspondente e também o inverso.

Para estudar as escalas menores, não há mistério se considerarmos um macete. Se existe uma relatividade entre elas, o macete é estudar uma escala maior e uma menor que lhe é correspondente. Mas você deve está se perguntando: como vou descobrir a escala relativa de uma escala maior? é simples: você ao estudar uma escala maior, pode contar da primeira nota ao sexto grau. Por exemplo:

  • Estudando a Escala de Dó MAIOR, você pode contar de Dó até a sexta nota ou sexto grau da escala de Dó maior que é Lá. Como as Escalas maiores tem relativas menores, a nota Lá é a nota que dará origem a escala de LÁ MENOR.
Abaixo vai  um esquema das tonalidades em cifra e um esquema das funções e graus da escala.


Os graus das escalas (para ver melhor, clique na figura)
Esquema de tonalidades em cifras com suas respectivas tonalidades relativas menores
Por hoje vimos as escalas e os sinais representados. Espero ter ajudado!
Fábio Lopes dos Santos

FONTES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Armadura_(m%C3%BAsica)
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tonalidade
                 http://musicateorica.blogspot.com.br/2012/10/capitulo-16-armaduras-e-tonalidades.html 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um Pouco de História da Música - O Moteto

O moteto é uma composição não-litúrgica que se iniciou na Idade Média, no século XIII, e que continuou sendo fonte de composições, e esta peça tem este nome, pois vem do françês MOT que significa PALAVRA. Esta composição é uma das formas mais importantes da música polifônica que surgiu por volta de 1200.

"O moteto é um gênero musical polifônico surgido no século XIII, onde, inicialmente, usavam-se textos distintos para cada voz. Dessa característica vem a origem do termo, derivado de mot, palavra, em francês. O moteto se tornará uma das grandes formas da música polifônica, sendo o apogeu de seu uso no contraponto modal do século XVI, apesar de sua importância para a música barroca e da recorrência a ele até por compositores românticos." (Cifraclub, Acesso em 16/01/2014, às 20:03)

O moteto não foi idealizado para liturgia, mas para festividades e celebrações e estava ligado à devoção religiosa extralitúrgica. A diversidade de textos, muitas vezes bilíngues ou mais, prejudicava a utilização na missa católica. 

Durante o século XIV até o século XV, os motetos que predominavam eram os isorrítimicos, nos quais alguns padrões rítmicos eram repetidos ou periodicamente recorrentes em cada voz. Uma sucessão de valores rítmicos numa mesma voz era chamada talea e o plural de talea é taleae. Esta forma composicional surgiu na Ars Nova com os compositores Philippe de Vitry, Guillaume de Machaut e Guillaume Dufay. Com a Escola Franco-Flamenca começa a formação do que seria o moteto renascentista no qual o texto é inteiramente religioso, escrito a 06 (seis) vozes, abandona-se a isorritimia e o foco volta a ser o cantus firmus. Cria-se o Contraponto Imitativo e Josquin Desprez é o principal representante. 

No moteto renascentista há uma separação das suas origens de maneira definitiva. Os textos múltiplos são raros, predomínio da imitação, nem sempre há utilização do cantus firmus, com alguns textos criados pelos próprios compositores, fim do isorritimo e a composição centra-se nas frases do texto e a cada nova frase do texto, um novo tema musical é apresentado. Com isto há passagens homofônicas facilitando a compreensão dos textos. Os representantes deste tipo de moteto são: Palestrina, Lasso, Victoria etc. 

COMPOSITORES DA ARS NOVA

Philippe de Vitry
Guillaume de Machault
Guillaume Dufay
  ESCOLA FRANCO-FLAMENCA

Josquin Desprez
MOTETO RENASCENTISTA

Palestrina
Orlando di Lassus
Tomás Luis de Victoria

Exemplos de Motetos

In arboris empiro (Philippe de Vitry)


La Clayette 
(Moteto Bilíngue: uma voz canta um hino à Virgem Maria em Latim e outra voz canta uma canção de amor)


O Magnum Mysterium (Tomás Luis de Victoria)


Tristis est anima mea (Orlando di Lassus)


Ave Maria... Virgo Serena (Josquin Desprez)



É isso tudo de hoje meu povo! espero ter ajudado a todos.
Abraços, 
Fábio Lopes dos Santos

FONTES: VASCONCELOS, Marcus André Varela, Apostila de Análise Musical II, UFRN - NATAL/RN;
                 http://forum.cifraclub.com.br/forum/13/302467/;
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Moteto;
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ars_nova;

sábado, 11 de janeiro de 2014

Iniciação a Teoria Musical - Partitura Parte 1

Hoje, dando continuidade a matéria passada, Trataremos mais uma vez da teoria musical. Falamos na matéria passada sobre o som e suas características e sobre o silêncio.
Neste diz trataremos sobre os símbolos musicais e a partitura que, para muita gente, é um "terror" mas é indispensável para todos os músicos.

Música: É a combinação de sons agradáveis ou não ao ouvido. É a combinação entre a MELODIA, HARMONIA, CONTRAPONTO e RITMO.
Melodia: Combinação de sons sucessivos.
Partitura para Trompa de uma obra de Tchaikovisky, mostrando a MELODIA da composição
Harmonia: É a combinação de sons simultâneos. 
O exemplo mostra que a partitura acima tem uma sequencia de sons que são tocados SIMULTANEAMENTE indicando HARMONIA



Contraponto: É a técnica de condução isolada de várias linhas melódicas soando ao mesmo tempo.
O exemplo acima demonstra duas linhas melódicas e a melodia em cima de outra em baixo mostrando o CONTRAPONTO

Ritmo: Do Grego Rhytmos que significa movimento coordenado, uma repetição de intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves, presentes na composição musical.
Esta partitura mostra diferentes células rítmicas 
Pauta ou Pentagrama: É a reunião de 05 (cinco) linhas e 04 (quatro) espaços onde são escritas as notas musicais e os demais símbolos escritos nela. 
Adicionar legenda
OBSERVAÇÃO: Pelo fato destas 05 linhas serem insuficientes para grafar os sons, com relação às alturas, criou-se mais cinco linhas suplementares tanto Inferiores como Superiores.
Claves: São sinais colocados no início da partitura e que servem para dar altura as notas. Atualmente são 04 (quatro) Claves usadas no momento.

A origem de cada uma das claves



OBSERVAÇÃO: Quando uma nota qualquer é grafada na linha que corresponde a localização de uma dessas claves, esta nota leva o nome da clave. A partir dela é que se pode saber o nome e a localização das notas já que, fica mais fácil de ler pela nota que está como referência. Lembro que a quanto mais baixa a altura da nota, mais grave ela será; quanto mais alta a nota, mais aguda ela será.
A outra clave em questão é a clave de Percussão, que tem como objetivo indicar os componentes do instrumento de percussão como por exemplo, a Bateria, assim como outros conjuntos (set ou kit) de percussão.
FIGURAS: Sinais usados para indicar o valor (tempo) das notas a serem tocadas.
 
As figuras com as Pausas, Nomes e Duração delas
Para facilitar a compreensão dos tempos das notas aí vai os tempos de uma maneira mais precisa: 

Comparação entre as notas

OBSERVAÇÃO: O compasso é uma maneira de dividir quantitativamente em grupos os sons com base em pulsos e repousos, em uma composição musical. 
Compassos divididos por barras (BAR)

FÓRMULAS DE COMPASSOS: São as fórmulas de compasso que indicam a quantidade de tempos contidas nos Compassos. Existem uma infinidade de Fórmulas de Compassos que são divididos em SIMPLES, COMPOSTOS e COMPLEXOS. 
SIMPLES: 2/4, 3/4 e 4/4;
COMPOSTOS: 6/8, 9/8 e 12/8;
COMPLEXOS: 5/4, 7/4, 5/8, 7/8 

Os simples geralmente são divisíveis por 2 (dois) enquanto os compostos divisíveis por 3 (três); 

Hoje foi esta parte. Em outra oportunidade teremos a parte 2. 

Um abraço,

Fábio Lopes dos Santos

FONTES: http://www.infoescola.com/musica/ritmo-musical/
                 http://musicaeadoracao.com.br/26020/curso-de-composicao-musical-contraponto/
               http://pt.wikipedia.org/wiki/Compasso_(m%C3%BAsica)#Classifica.C3.A7.C3.B5es_dos_compassos
http://200.18.45.28/sites/musica/images/teoria_elementar.pdf
http://orquestrashekina.com.br/Apostila%20de%20Teoria%20Musical%20%5B2%5B1%5D.0%5D.pdf

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Iniciação a Teoria Musical: Som e Silêncio

Quebrando a sequência de história da música, vou partir para teoria musical. Primeiro vamos falar do que é básico para ter música que é O SOM. O som é uma onda que se propaga num ambiente e que é captado por algum receptor como por exemplo, o ouvido. 

O Som, uma onda mecânica que se propaga em meios materiais.
O ser humano e os animais, percebem o som através da audição. Os surdos apesar de não ouvir o som, podem senti-lo por causa das ondas que se propagam em algum meio material como por exemplo, o chão, paredes etc. O mundo em que vivemos, está repleto de sons e ruídos por exemplo, a buzina dos carros e motos, a sirene da ambulância, as turbinas dos aviões, os sons característicos dos animais e aves dentre outros. 
Este fenômeno é crucial já que para ter música é preciso ter som mas, o fato de que em algum momento, ter SILÊNCIO não significa que não há música pois O SILÊNCIO TAMBÉM É MÚSICA. Na verdade a equação SOM+SILÊNCIO é o que faz o que nós conhecemos por música.
O som possui características que diferenciam as diferentes fontes sonoras. Estas características são:
  • DURAÇÃO: é a característica que define se o som é LONGO ou CURTO.
  • ALTURA: é a característica que define se o som é AGUDO ou GRAVE.
  • INTENSIDADE: é a característica que define se o som é FORTE ou FRACO.
  • TIMBRE: é a característica que diferencia a fonte sonora, ou seja, se o som que está sendo ouvido é de um Piano ou de um Violão dentre outros instrumentos.
Como vocês observaram existem alguns "mitos" como por exemplo, o som não está alto e sim forte e também é diferente do volume, que não tem nada haver com intensidade sonora. Com relação a altura o som não é FINO e nem GROSSO e sim AGUDO ou GRAVE, e a altura também não se refere a intensidade do som.

O silêncio corresponde aos sons que não conseguimos ouvir e que errôneamente ligamos a ausência de som. Existem sons tão graves e tão agudos que o ouvido humano não consegue captar/perceber. Alguns animais conseguem emitir esses tipos de sons imperceptíveis ao ouvido humano, e mesmo se ficássemos em total silêncio, poderíamos ouvir alguma fonte sonora.

É isso aí pessoal, aqui estou com uma iniciação à teoria musical que veremos muito mais, com o passar do tempo!

Um abraço a todos

Fábio Lopes dos Santos

FONTES: http://www.explicatorium.com/CFQ8/Som_Caracteristicas_ou_atributos_do_som.php;
                 http://www.portaledumusicalcp2.mus.br/apostilas/pdfs/6ano_00_apostila%20completa.pdf;

domingo, 5 de janeiro de 2014

Um Pouco de História da Música - Música Medieval Parte 3

ATÉ QUE ENFIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMM... Chego ao fim dessa parte da música.

Vamos ver hoje sobre a notação musical, suas origens e utilização na música medieval.

Durante a Idade Média a música teve um grande avanço no que tange a teoria musical. Isto não foi de uma hora para outra e sim por avanços pequenos.

O Monge Guido D'Arezzo (992 - 1050) um clérigo Italiano e regente da catedral de de Arezzo região da Toscana, onde nasceu. Este organizou o Tetragrama, o início da partitura, que depois passou as cinco linhas, também conhecidas como pentagrama.
Guido D'Arezzo
Este substituiu a notação neumática que era imprecisa com relação aos valores e altura das notas e também substituiu as notações Quadrática e a Notação Coral Alemã.
Acima Notação Neumática, No Tetragrama Notação Quadrática
O sistema de Guido D'Arezzo permanece até hoje com ligeiras alterações e por isso, é o mais eficiente. O mesmo percebeu que a construção de uma escala mais simples facilitaria o aprendizado dos alunos e também facilitaria a execução das peças compostas. Para isso resolveu nomear as notas e para isso se utilizou da Canção a São João Batista.
Canção a São João Batista. As sílabas em vermelho, são os nomes das notas dadas por D'Arezzo

O significado destas palavras são: 

"Para que teus grandes servos, possam ressoar claramente a maravilha dos teus feitos, limpe nossos lábios impuros, ó São João."

Com isto, as notas ficaram assim nomeadas: UT, , MI, , SOL, , SI. Mais tarde um outro músico conhecido por Giusepe Doni, resolveu nomear a primeira nota de para facilitar o canto com a terminação em Vogal. 

PRIMEIRAS POLIFONIAS VOCAIS

Os primeiros estágios de Polifonia vocal sacro, tiveram inicio no Início da Idade Média no fim do Período Carolíngio. O nome a eles é dado de ORGANUM que é o termo aplicado aos diversos tipos de polifonia primitiva e esta prática começou quando resolveram criar um coral a duas partes que cantavam simultaneamente em um intervalo de quarta ou quinta.

TIPOS
PARALELO: É o mais simples e primitivo da polifonia, em que as duas vozes tem um movimento paralelo a outra, em um intervalo de quinta ou quarta e a VOX PRINCIPALIS que era a voz do cantochão e a voz superior é a VOX ORGANALIS.

MELISMÁTICO: O tenor (vox principalis) mantinha as notas mais longas enquanto a vox organalis, cantava notas mais curtas acima. 
LIVRE: Este desenvolveu-se do paralelo. As vozes são executadas de forma contrapontística.
LEONIN: Mestre do coro da Catedral de Notre Dame. Ele e seu sucessor Perotin, inovaram no tratamento das vozes e do coral. As transformações deles deram margem a criação de novos estilos musicais como o MOTETO.
PEROTIN: Sucessor de Leonin, e continua as alterações de seu antecessor acrescentando elementos nas composições.
 E por fim... O Moteto que é uma composição Vocal que se destaca pelo uso de mais de um idioma na mesma canção e ao mesmo tempo. 

Aí vão alguns exemplos:

Organum Paralelo

  


Organum Livre 

Organum Melismático


Leonin


Perotin

Compositores Medievais mais importantes




Um moteto de exemplo pra vocês



Meus amigos chegou ao fim essa série sobre a Idade Média. Espero ter ajudado

Fabio Lopes dos Santos

                 D'AMORE Osvaldo, Apostila de História da Música, UFRN/NATAL RN

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Um Pouco De História da Música - Música Medieval Parte 2



Olá meus amigos, dando continuidade a música medieval, vamos tratar da música secular produzida no período em questão. A melodia secular tem grande diferença da música sacra tais quais:

  • Tem uma base métrica e rítmica forte;
  • A extensão supera a oitava;
  • Frases regulares;
  • Não é estritamente Modal;
  • Caráter nacionalista;
  • É harmonizada e com acompanhamento de instrumentos;
  • O texto está na língua pátria;
GOLIARDOS: Homens de ordens eclesiásticas menores que perambulavam pela Europa cantando e compondo temas seculares e paráfrases de cantochões, em latim, durante o fim do século X ao século XIII.
JOGRALES: Importantes menestréis na França e na Alemanha. Eram Atores, Cantores ou Compositores que contribuíram ativamente para manter viva grande parte das melodias seculares.
TROVADORES: Os trovadores eram uma ramificação dos JOGRALES, só que os TROVADORES eram ligados a nobreza. Os trovadores mas comuns foram:
  1. D. Dinis Rei de Portugal;
  2. Adam de la Halle, o mais famoso trovador francês;
Houveram outros trovadores nesse período, como Marcabru da Gasconia, Guiraut de Riquier, Blondel de Nesle Etc.

CARACTERÍSTICAS TROVADORISMO
  • Extensão de uma oitava;
  • Utilização dos modos litúrgicos (da igreja) com predominância dos modos maiores e menores;
  • Modos rítmicos com nomes gregos e de forma ternária;
INSTRUMENTOS MEDIEVAIS MAIS UTILIZADOS
Adicionar legenda

O mais utilizado era a Viela
Viela era o instrumento mais usado pelos Trovadores Medievais
FORMA DA CANÇÕES
  1. Litânia;
  2. Rondel;
  3. Sequência;
  4. Hino;
Também neste período na Alemanha, surgiram os MINNESINGERS ou cantores de amor. Estes tinha canções que lembravam o estilo dos trovadores. Os mais conhecidos são:
  • Walther Van Der Vogelweide;
  • Neithart Von Reuenthal;
  • Heinrich Von Meissen;
  • Heinrich Von Müglin;
Enfim hoje eu discorri um pouco sobre a música secular medieval. Espero ter ajudado a todos

D. DINIZ, o maior Trovador Português

JOGRALES

GOLIARDOS
Aqui vão exemplos de músicas seculares medievais






OBRIGADO PELA VISITA

Fábio Lopes dos Santos

FONTE: D'AMORE, Osvaldo. Apostila de História da Música. UFRN/NATAL-RN