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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sobre a Sabian



Dando prosseguimento a série, veremos a rival da Zildjian que é a SABIAN. Essa empresa tem um início muito interessante pois ela é UMA PARTE DA ZILDJIAN, já que foi fundada por um dos filhos de Avedis Zildjian III. 

A tradição da família implicava que o filho mais velho recebesse do pai e dono da companhia, os conhecimentos sobre a fabricação dos pratos mas Avedis III resolveu inovar: tanto Armand como Robert receberam as técnicas e todo o processo para darem continuidade à fabricação de pratos da empresa. Só que esse simples ato de Avedis, causou-lhe problemas mais tarde: começou a ter uma competição entre os dois filhos dentro da fábrica e também gerou uma rixa familiar, a tal ponto que teve de haver intervenção judicial. Com isto, Robert deixa a Zildjian e vai para o interior do Canadá na cidade de Meductic, New Brunswick e lá fundou a SABIAN. 
Esta fábrica na época, era responsável por 40% da produção da zildjian e de toda a linha K, já que a Turquia havia parado a produção dos mesmos. A fábrica foi fundada em 1981 e os primeiros pratos da nova fábrica foram as linhas HH (Hand Hammered) e a linha AA. Em 2013, o Fundador aos 90 anos, Robert Zildjian acabou falecendo.
Linha HH antiga (década de 90)
Linha AA antiga (década de 80 e 90)

DESCONTINUADOS 
Na verdade a Sabian só teve uma linha que foi descontinuada que foi a linha Pro/Pro Sonix que servia como linha intermediária entre os pratos b8 (voltados para o público iniciante) e os b20 (liga profissional), apesar de serem fabricados em b8 também. Na verdade a linha pro sonix é uma evolução da linha pro.



LINHAS ATUAIS

Atualmente a Sabian produz as linhas HH, HHX, AA, AAX, Signature, Vault, Paragon, Artisan*, Sbr, B8, B8Pro, Xs20, APX e The MIX. Algumas foram reformuladas, como por exemplo as linhas HH, AA, AAX, Signature, B8 e B8Pro. As restantes foram criadas e introduzidas no decorrer da existência da companhia.

Vídeos e Áudios dos pratos


 HHX

AAX

 Xs20

HH

AA

B8

B8Pro

Vault Artisan

Paragon

Sbr

APX

The Gig Mix

The Arena Mix


Estes são o pratos que a Sabian produz atualmente. A empresa também pratos para orquestras e bandas marciais e também acessórios para pratos etc. 

E antes que eu me esqueça, o nome SABIAN veio dos nomes dos três filhos de Robert: SA de Sally, Bi de Billy e AN de Andy.

Fontes: Wikipédia e Site oficial da Sabian

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sobre a Zildjian


Olá  meus amigos, hoje vou comentar sobre marcas famosas de instrumentos musicas do mundo. Na verdade como um baterista que sou, tenho que falar sobre a história de algumas marcas de baterias, baquetas e pratos. A primeira que vou comentar é sobre é a tão famosa e toda poderosa AVEDIS ZILDJIAN.
Tudo começou na Europa no século XV, mais precisamente, no ano de 1623, na Turquia. A fábrica leva o nome do fundador, nascido em 1596 que trabalhava para o Sultão de Constantinopla. Em 1618 Avedis tem autorização para fabricar pratos para a corte e o nome de sua família foi reconhecido como o nome da fábrica, que é conhecida por hoje por Avedis Zildjian. Em Armênio o nome significa: Filho do fabricante de pratos, ou Família fabricante de pratos (Zil quer dizer Prato, dj fabricante ou construtor e ian que quer dizer filho). 
Em 1623 Avedis deixa o Palácio com a autorização do Sultão e abre a própria fábrica em Constantinopla e constrói uma oficina de fundição em Samatia (em Armênio Psamatia) de onde fundia e produzia os pratos para bandas Janissárias e também para igrejas armênias e gregas. 
No início do século XX, a Avedis chega aos Estados Unidos e mais tarde se torna uma das maiores fábricas de instrumentos musicais, principalmente, de pratos e baquetas, como se vê nos dias de hoje. 


Pratos

A Zildjian fabrica vários pratos de várias séries e tamanhos. Inicialmente vou mostrar os modelos descontinuados. A marca divide sua produção em "Sheet Bronze" (folha de bronze) e "Cast Bronze" (bronze fundido) com relação ao tipo de bronze fabricado.

DESCONTINUADOS
Sheet Bronze
Amir (década de 80): Fabricados no início da década de 80, eram pratos produzidos em bronze B8 (92% de cobre e 8% de estanho). Foi sucesso de vendas neste período.


Amir II (década de 80): Fabricados para serem uma reformulação da série anterior, não conseguiu obter o mesmo êxito da anterior, visto que os entusiastas da Amir não sentiram grandes diferenças na nova série.

Scimitar/Scimitar Bronze (final da década de 80 início de 90): Fabricados para estudos e ensaios com preços relativamente baixos e também fabricados em bronze B8


Edge/Edge plus  (década de 90) Antecessores dos pratos ZXT.

Zbt plus (início da década de 2000): Lançados com a linha ZBT, é semelhante a Scimitar. Logo após a linha Edge ser descontinuada, a Zbt plus também parou de ser fabricada.

Zxt titanium  (década de 2003 e 2006): Na cor prateada com uma liga de Titânio. Foram descontinuados pouco depois da Zht entrar em produção. 

Cast Bronze

Impulse (1982 e 1986): Fabricados para estilos musicais mais pesados como Heavy Metal e afins, sendo substituído pela linha Z mais tarde. 


Z Zildjian (1986 e 1994): Substituiu a linha Impulse, foram substituídos pela linha Z Custom atual Z3; 

Avedis Platinum (década de 90): Trata-se da linha "A" (Avedis) em cor prateada e logo azul ou preto.


Estas linhas acima estão descontinuadas, ou seja, não são mais fabricadas. Contudo a marca produz outras linhas de prato que estão entre as mais vendidas e também são divididas em Sheet Bronze e Cast Bronze.

Sheet Bronze 
Zbt: Série voltada para o público iniciante, fabricada em Bronze B8. Tem acabamento brilhante.


Zxt: É uma série meio termo entre a zbt e a zht. 


Zht: É considerada a melhor entre as séries iniciantes, sendo assim a linha mais próxima das linhas profissionais. 
Pitch Black: Essa linha de pratos colorida, é bastante peculiar pelo fato de ser da cor preta. Tem a mesma liga da linha zht (88% de cobre e 12% de estanho, ou seja, bronze B12) e esses pratos são os primeiros da zildjian a serem coloridos e nesta cor. 


Cast Bronze

Fx: Pratos de efeitos especiais onde estão inclusas as séries AZUKA, ORIENTAL e ZIL BEL, entre outros pratos de efeitos. Tem acabamento tradicional ou brilhante.

Z3 (antiga Z Custom): Série fabricada para músicos que tocam em bandas e estilos musicais que têm uma sonoridade mais intensa. A liga é a B20 (80% de cobre, 20% de estanho e traços de prata) é das linhas profissionais, com acabamento brilhante. 


Avedis zildjian ou simplesmente "A" zildjian: Linha original de pratos Avedis em liga de bronze. Esta liga é a B20 e com acabamento tradicional. 

Armand Zildjian: Em 2007 chega ao mercado a linha Armand zildjian inspirada nos sons dos pratos da década de 60. São bastante semelhantes aos "A" zildjian, porém inferior, mas a liga é B20 e tem o acabamento brilhante. 

Avedis Zildjian Custom ou A Custom: Desenvolvido por Vinnie Colaiuta, baterista Americano de renome internacional, baseados originalmente nos "A" Zildjian, têm a liga B20 porém são mais finos e menos pesados, proporcionando uma sonoridade mais brilhante e rápida na resposta. Têm acabamento brilhante. Também foi criada uma "sub série" que é a linha Rezo.

Na primeira foto, linha A Custom e na foto abaixo linha Rezo

K Zildjian ou K: Pratos que descendem dos modelos originais fabricados a mão por Kerop Zildjian. O martelamento torna o som mais dark (obscuro) e seco também tem a liga B20 e tem acabamentos Brilhante e tradicional. É o queridinho dos Roqueiros e bateristas de Pop Rock, Funk etc.


K Custom: Com base nos "K" originais, esses modelos são fabricados com técnicas de martelamento mais complexos. Considerados secos e complexos são os queridinhos dos bateras de Jazz. Tem a mesma liga do anterior e os mesmos acabamentos. Esta linha também tem uma "sub série que é a K Hybrid com diferenças no acabamento do prato e sem esquecer da linha Constantinople.
Na imagem tem 3 pratos: a primeira foto linha Custom, segunda linha Custom Hybrid e a linha K Constantinople

Esta foi a postagem de hoje. Espero ter ajudado.

Abraços,

Fábio Lopes dos Santos

FONTES: http://zildjian.com.br/padrao/padrao.php?link=home; clique na aba "história"
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Avedis_Zildjian_Company;

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mais um Pouco da História da Música - Música Renascentista parte 2

Seguindo a sequência, vamos dar continuidade a Música Renascentista. A música sacra desse período teve as seguintes características:

  • Liberdade melódica e rítmica e ao mesmo tempo, beleza e textura melodiosa como um todo;
  • Atmosfera tranquila que prevalece na música renascentista constitui um grande veículo de adoração;
  • Há uma maior variedade de vozes na polifonia vocal sacra;
  • A polifonia e a harmonia são muito usados na mesma composição;
  • Tríades começam a ser usadas nas composições e os acordes de sétima são utilizados até o século XVII;
  • Uso de cromatismos encontrados no fim do século XVI, pela Escola Romana com Orlando de Lasso;
  • Efeitos arcaicos como paralelismo, quintas diretas etc, desaparecem com o tempo;
  • A música religiosa é composta "a capella", ou seja, sem acompanhamento instrumental, pois a música popular é que detém essa característica;
Nesta época as formas composicionais sacras, continuam sendo mantidas, como por exemplo o Moteto e a Missa. Havia uma composição chamada de laudi spirituali, que era conhecida como música religiosa de louvor e era composta fora da Igreja e composta na Itália, estilo harmônico e rítmico simples e lembrava a música popular. A língua da composição era Italiana e não em latim.

ESCOLAS INFLUENCIADORAS   

FLAMENCA: Influência de todos os compositores da Europa Ocidental. Orlando de Lassus e Palestrina são os maiores representantes.
ROMANA: Contribuiu de forma significativa para a evolução da música sacra renascentista. O estilo "a capella" prevalece com Giovanni Palestrina como principal representante e seu nome é sinal de perfeição da polifonia vocal sacra.
ESPANHOLA: O estilo é parecido com o da Romana mas com uma certa dureza expressiva, lembrando as telas de El Greco. Os principais representantes são Cristobal Morales e Tomas Ludovico de Victoria.
VENEZIANA: O mais importante estilo de polifonia sacra no século XVI foi desenvolvido nesta escola. Os compositores compunham obras para 02 (dois) ou mais coros completos com efeitos antifônicos, colocando-os em vários pontos da igreja e outra característica é a magnificência, por causa dos efeitos corais, nas ricas texturas e na harmonia arrojada. Os compositores mais importantes dessa época foram Andrea Gabrieli e seu sobrinho Giovanni Gabrieli.
INGLESA: Apesar dos conflitos religiosos e do surgimento da Igreja Anglicana, a Inglaterra teve uma grande produção de música litúrgica católica no século XVI, com muitas missas e motetos compostos por ingleses. O anglicanismo, manteve a maioria das práticas católicas romanas e cantavam os motetos em Inglês, que eram chamados de "cathedral anthems" ou hinos de catedral. No fim do século XVI foram criados os "verse anthems" ou hinos estróficos com solistas, instrumentos e coro. Os principais são Orlando Gibbons e William Byrd.
ALEMÃ: O catolicismo não prosperou na Alemanha, por causa da Reforma Protestante. Por conta disso, não há uma escola alemã de polifonia sacra porém, o maior representante deste período na Alemanha é Jacobus Gallus.

LISTA DOS COMPOSITORES RENASCENTISTAS

Lista dos compositores Renascentistas 

Obras destes autores

Escola Flamenca

Orlando di Lassus

Giovanni Pierluigi da Palestrina


Escola Romana

Giovanni Pierluigi da Palestrina


Escola Espanhola

Cristobal Morales


Tomas Ludovico de Victoria

Escola Veneziana

Andrea Gabrieli


Giovanni Gabrieli


Escola Inglesa

Orlando Gibbons


William Byrd

Escola Alemã


Com este tópico aqui finda a música renascentista. Em breve veremos a música barroca.

Abraços,

Fábio lopes dos Santos

Fontes: D'AMORE, Osvaldo. Apostila de História da Música. UFRN, Natal/RN
            http://imslp.org/wiki/P%C3%A1gina_inicial

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Um Pouco de História da Música - A Música Renascentista


O Renascimento ou Renascença foi um período que compreendeu entre os Séculos XIV e XVI, porém ainda não há um consenso entre os historiadores sobre a cronologia deste período. Foi o período que findou a Idade Média e este trouxe transformações no pensamento e nos costumes da sociedade européia da época. 

Neste Período os artistas e cientistas que mais se destacaram foram Leonardo Da Vinci e Michelangelo na pintura e escultura, Nicolau Maquiavel, François Rabelais, Michel Montaigne, William Shakespeare, Francis Bacon, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei. Martinho Lutero foi o nome mais importante no campo religioso, pois foi ele que deflagrou a REFORMA PROTESTANTE.

A música renascentista tem como marco o desenvolvimento da filosofia humanista italiano que revelou e divulgou a estética das antigas Grécia e Roma e assim contribuindo conceitualmente, para uma revalidação acelerada assim como também influenciou e sugestionou, a teoria, composição e interpretação musical.

CARACTERÍSTICAS DA MÚSICA RENASCENTISTA

A polifonia vocal tem um grande desenvolvimento atingindo um alto grau de perfeição harmônica e melódica. A música secular neste período ganha uma grande importância na sociedade enquanto a música religiosa ganha subsídios da igreja em face de que a música profana/secular é patrocinada pela nobreza (mecenato), surge um novo estilo instrumental independente, a música que é modal é substituída aos poucos da música sacar e da popular pelo sistema tonal que ganha força no fim do período, a liderança desse período, na música, é Italiana seguida da Inglaterra e da França. 

Meus amigos esta é uma parte do que veremos a seguir nas outras publicações, sobre a música Renascentista. Espero ter ajudado.

Abraços, Fábio Lopes dos Santos

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_renascentista
              D'AMORE, Osvaldo. Apostila de História da Música. UFRN, Natal-RN

sábado, 18 de janeiro de 2014

Iniciação à Teoria Musical - Partitura parte 2



Hoje teremos a outra parte da teoria musical com relação à partitura. Veremos hoje sobre as tonalidades e consequentemente as escalas que dão origem à estas tonalidades. A tonalidade é a hierarquização das notas onde há uma organização e prepoderância de umas notas sobre outras. Estas notas também poderemos chamá-las de GRAUS da escala ou tonalidade.

Antes de começarmos as tonalidades, teremos que saber de alguns sinais que facilitarão o nosso entendimento sobre elas:


  • Sustenido: Aumenta meio-tom ou semitom. 
  • Bemol: Diminui meio-tom ou semitom.
  • Dobrado Sustenido: Aumenta em um tom a nota na qual este sinal foi adicionado.
  • Dobrado Bemol: Diminui em um tom a nota na qual este sinal foi adicionado.
  • Bequadro: Este sinal anula o efeito de todos os sinais relacionados acima.




Partindo deste princípio, poderemos agora falar das tonalidades musicais. Para isso precisamos ver as armaduras de clave. Estes sinais quando são postos no início da partitura, são conhecidos como acidentes físicos, e os que ocorrem durante a música que não estão na armadura de clave são os acidentes ocorrentes. Estas armaduras são de grande importância pois sem elas não é possível distiguir o tom da música que você quer tocar/cantar.

  • Armaduras de Clave: É como são chamados os acidentes físicos que determinam a tonalidade da música.
  • Tonalidade: É o grupo de notas que, com base nas armaduras de claves, poderão ser utilizadas na música.
Lembrando que a ARMADURA DE CLAVE é posta AO LADO da clave, seja qual for, mas em alguns casos, pode ser escrita em especialmente, após um compasso iniciado por barra dupla. Para isso precisamos ver dois métodos que facilitaram o aprendizado das armaduras: O Ciclo das 5ª (quintas) e O Ciclo das 4ª (quartas).

Ciclo das Quintas:  São os intervalos que entre si ocorre um espaço de 05 (cinco) notas, contando com a primeira que é o ponto de partida, e a ultima que é o ponto de chegada. Partindo da nota teremos as seguintes tonalidades: 

A figura acima mostra o Ciclo das quintas
Ciclo das Quartas: São os intervalos que entre si ocorrem uma distancia de 04 (Quatro) notas, contando com a primeira nota e a ultima. 


A seta vermelha indica o Ciclo das quartas que começa a partir da nota DÓ


A partir disto podemos notar que existe notas com tonalidades MAIORES e MENORES. A principal diferença entre elas é a alteração em alguns graus da escala sendo que o principal é a terça, pois este grau caracteriza a natureza da escala e da tonalidade. Os acordes são montados a partir das escalas e por isso sentem a mesma influência das escalas. As escalas tem um comportamento interessante que é a RELATIVIDADE entre as escalas maiores e menores. A relatividade está relacionada com a afinidade entre uma escala maior e uma menor e vice-versa, ou seja, uma escala maior tem uma escala menor correspondente e também o inverso.

Para estudar as escalas menores, não há mistério se considerarmos um macete. Se existe uma relatividade entre elas, o macete é estudar uma escala maior e uma menor que lhe é correspondente. Mas você deve está se perguntando: como vou descobrir a escala relativa de uma escala maior? é simples: você ao estudar uma escala maior, pode contar da primeira nota ao sexto grau. Por exemplo:

  • Estudando a Escala de Dó MAIOR, você pode contar de Dó até a sexta nota ou sexto grau da escala de Dó maior que é Lá. Como as Escalas maiores tem relativas menores, a nota Lá é a nota que dará origem a escala de LÁ MENOR.
Abaixo vai  um esquema das tonalidades em cifra e um esquema das funções e graus da escala.


Os graus das escalas (para ver melhor, clique na figura)
Esquema de tonalidades em cifras com suas respectivas tonalidades relativas menores
Por hoje vimos as escalas e os sinais representados. Espero ter ajudado!
Fábio Lopes dos Santos

FONTES: http://pt.wikipedia.org/wiki/Armadura_(m%C3%BAsica)
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Tonalidade
                 http://musicateorica.blogspot.com.br/2012/10/capitulo-16-armaduras-e-tonalidades.html 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um Pouco de História da Música - O Moteto

O moteto é uma composição não-litúrgica que se iniciou na Idade Média, no século XIII, e que continuou sendo fonte de composições, e esta peça tem este nome, pois vem do françês MOT que significa PALAVRA. Esta composição é uma das formas mais importantes da música polifônica que surgiu por volta de 1200.

"O moteto é um gênero musical polifônico surgido no século XIII, onde, inicialmente, usavam-se textos distintos para cada voz. Dessa característica vem a origem do termo, derivado de mot, palavra, em francês. O moteto se tornará uma das grandes formas da música polifônica, sendo o apogeu de seu uso no contraponto modal do século XVI, apesar de sua importância para a música barroca e da recorrência a ele até por compositores românticos." (Cifraclub, Acesso em 16/01/2014, às 20:03)

O moteto não foi idealizado para liturgia, mas para festividades e celebrações e estava ligado à devoção religiosa extralitúrgica. A diversidade de textos, muitas vezes bilíngues ou mais, prejudicava a utilização na missa católica. 

Durante o século XIV até o século XV, os motetos que predominavam eram os isorrítimicos, nos quais alguns padrões rítmicos eram repetidos ou periodicamente recorrentes em cada voz. Uma sucessão de valores rítmicos numa mesma voz era chamada talea e o plural de talea é taleae. Esta forma composicional surgiu na Ars Nova com os compositores Philippe de Vitry, Guillaume de Machaut e Guillaume Dufay. Com a Escola Franco-Flamenca começa a formação do que seria o moteto renascentista no qual o texto é inteiramente religioso, escrito a 06 (seis) vozes, abandona-se a isorritimia e o foco volta a ser o cantus firmus. Cria-se o Contraponto Imitativo e Josquin Desprez é o principal representante. 

No moteto renascentista há uma separação das suas origens de maneira definitiva. Os textos múltiplos são raros, predomínio da imitação, nem sempre há utilização do cantus firmus, com alguns textos criados pelos próprios compositores, fim do isorritimo e a composição centra-se nas frases do texto e a cada nova frase do texto, um novo tema musical é apresentado. Com isto há passagens homofônicas facilitando a compreensão dos textos. Os representantes deste tipo de moteto são: Palestrina, Lasso, Victoria etc. 

COMPOSITORES DA ARS NOVA

Philippe de Vitry
Guillaume de Machault
Guillaume Dufay
  ESCOLA FRANCO-FLAMENCA

Josquin Desprez
MOTETO RENASCENTISTA

Palestrina
Orlando di Lassus
Tomás Luis de Victoria

Exemplos de Motetos

In arboris empiro (Philippe de Vitry)


La Clayette 
(Moteto Bilíngue: uma voz canta um hino à Virgem Maria em Latim e outra voz canta uma canção de amor)


O Magnum Mysterium (Tomás Luis de Victoria)


Tristis est anima mea (Orlando di Lassus)


Ave Maria... Virgo Serena (Josquin Desprez)



É isso tudo de hoje meu povo! espero ter ajudado a todos.
Abraços, 
Fábio Lopes dos Santos

FONTES: VASCONCELOS, Marcus André Varela, Apostila de Análise Musical II, UFRN - NATAL/RN;
                 http://forum.cifraclub.com.br/forum/13/302467/;
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Moteto;
                 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ars_nova;